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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Resmas de tempo



Tempo, doce eterna inconstante, impossível de definir, explicar, ou de entender. É um conceito de tal forma complexo, foge-nos de tal modo a tudo o que podemos saber, que é impossível dizer o que quer que seja sobre ele, completamente conscientemente. Sabemos que o tempo passa por nós... Passa ou acontece? Por isso não vou falar sobre a semântica em torno do tempo, ou desse conceito, não tão fácil de definir como inicialmente, antes da tomada de atenção, pode parecer.

Hoje, ou melhor, neste momento, pouco-me interessa o que é o tempo, se passa, se acontece, se corre, ou se está paradinho sentado numa paragem a fumar um cigarro. Estou bem, confortável. Música agradável. Uma modesta quantidade de ócio, sem exagerar! Pouco me interessa o que quer que seja... Só me interessa viver por agora. Por agora e por mais loguinho, que estou bem disposto.

O tempo é algo incrivelmente relativo. Conheço poucas coisas tão relativas como ele! Ou pelo menos, que tenham uma percepção tão relativa! Passei a tarde em casa. Míseras 6 horas. Não me lembro de estar fora de casa... Já nem me lembro de jantar, e foi há cerca de uma hora... Nem mesmo de ter iniciado este post, e não vai assim há tanto tempo.... É impressionante a forma como o tempo acontece! Parece que corre depressa, mas olhamos para trás e vemos o quanto vivemos, que foi muito, e muito. Cada segundo é uma pequena eternidade fechada em si!

Eu quero viver. Não tenho medo de morrer. Se não fosse quem está de fora, podia morrer já agora, mais loguinho, ou daqui a décadas, ou séculos. (só não quero que mo digam). Está-me a saber bem cá estar, mesmo quando estou deprimido, depressivo e deprimente me sabe bem cá estar, por isso nunca seria capaz de fazer o que quer que fosse contra mim. Mas se cada segundo é uma eternidade, não interessa quantos vivemos: basta um para vivermos eternamente.

e eu cá estou a fazer o meu melhor por isso

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