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sábado, 31 de outubro de 2009

La marche de l'empereur



"In the harshest place on Earth, love finds a way."

muito mais que um simples documentário

realizado e co-escrito por Luc Jacquet
música de Emilie Simon

(6) porque é que...



...quanto mais nos esforçamos por manter uma ilusão como tal, mais ela se torna real?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Obsessão



Qualquer pessoa que tenha seguido o blog nos últimos dias poderá ficar preocupado comigo: depois de um post chamado Insanidade e de uma correcção onde dizia que me tem sido habitual a falta de palavras, escrevo um post com o nome de Obsessão. E provavelmente não estarei muito bem. Quem está afinal? Ando com a cabeça demasiado cheia... E andar com a cabeça demasiado cheia é mau, ou pelo menos não faz muito bem à saúde... Posso dizer que ando obcecado, como raramente andei... E viver obcecado é como correr à procura do fim do mundo: podemos correr o quanto quisermos, que não faremos mais do que andar às voltas.

Não posso dizer que seja alérgico a obsessões, mas elas não são propriamente saudáveis, se bem que já tenho alguns anticorpos naturais contra elas. Sou uma pessoa constantemente obsecada, se bem que numa intensidade muito inferior aquela por que passo. Mas mesmo estas enchentes são comuns: de x em x dias lá fico eu uma semana, um mês ou meses nos casos mais graves, completamente obsecado. Mas desta vez ela caiu do céu, (um aparte, acabei de ter um deja vu...) .

Ando atrás de algo: essa estátua que está no cimo de uma duna, e que eu tento apanhar. Posso continuar a tentar apanhá-la, ou melhor, vou continuar a tentar apanhá-la, não porque queira, mas porque não consigo apanhar... mas quanto mais corro por essa duna acima, em pior estado ela fica e maior é a probabilidade de a estátua cair desamparada no chão de betão, suavizado por uma leve e fina camada de areia, que não fará mais do que camuflar os milhões de pedaços da estátua, que mais vão parecer poeira. É o mal das obsessões, para além de nos cansar infinitamente, ainda destrói quem e o que nos rodeia, deixando feridas que dificilmente sararão. Felizmente neste meu caso, provocarei escassos estragos em terceiros. Em contrapartida destruo-me a dobrar...

Falta de palavras

Ando com um sério problema de falta de palavras... para além de por vezes não conseguir descrever certos acontecimentos, ainda me esqueço de escrever algumas palavras. Foi o caso do texto Lágrimas de Deus, onde me esqueci do não no meio de «Saramago diga que ele exista.» em relação a Deus. Obrigado ao utilizador MJ que me alertou para isso. Entretanto já corrigi.

(quanto à falta de palavras não foi só para encher chouriços... ando realmente com um grande problema de atenção e concentração... )

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

take just a miserable second #7



"Sitting on a cornflake, waiting for the van to come."

porque é que tudo tem de fazer sentido? fará o sentido sentido?

Prémio «Blog Instigante»



Antes de mais nada agradeço ao blog Bicho-Carpinteiro (tem hiperligação), e à sua autora Austeriana pela distinção. Aconselho a passagem por lá, é um excelente blog onde normalmente há bons debates...

Não sou grande adepto de tops e de listas nem mesmo de prémios. Respeito-os, mas são coisas tão difíceis e susceptíveis de fazer, que por vezes prefiro abster-me de o fazer. Julgo que nunca divulguei nenhum tipo de top ou lista aqui. Por isso mesmo decidi fazê-lo hoje, principalmente porque por vezes, em dias em que não há nada que fazer, e não apetece sair de casa, ter uma lista de blogues pequena...

O prémio pretende distinguir, segundo consta, «Blogs que, além da assiduidade das postagens e do esmero com que são feitos, nos provocam a necessidade de reflectir, questionar, aprender e – sobretudo – que instigam almas e mentes à procura de conhecimento e sabedoria.»

Bem aqui vai a minha lista de premiados, que segundo a regra devem ser 7. Suponho que quem nos enviou o prémio não o possa receber, caso contrário o Bicho-carpinteiro apareceria...

O Homem Que Sabia Demasiado
casadeosso
Spark Über Alles
Morfina
Tão Cheia de Tudo. Tão Cheia de Nada.
:: originals never fit ::
cookie dark side

Os blogs que nomeei têm todos estilos bastante diferentes. A ordem tem muito que ver com a ordem segundo os conheci. Outros blogs poderiam ter sido nomeados.
isto é ridículo...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

vive cada dia e pode ser que vivas eternamente

saiu-me bem esta, mas tenho quase a certeza que já alguém a disse antes!!!

Insanidade



Não me sinto muito normal. Aliás, eu nunca me achei, nem nunca me senti muito normal. Sempre achei que tenho em mim uma grande dose de insanidade, semelhante à de muitos internados, mas com tipos de manifestações diferentes, e por isso, talvez menos graves. Uma série de instintos que me fazem mexer o corpo sem controlar esse movimento, ter uma série de pensamentos completamente alheados do que me rodeia. No fundo, apesar de maior parte do meu tempo diário ser "normal", eu vivo um pouco fechado em mim próprio, alheio ao exterior, protegido de tudo menos de mim.

escrever sem parar, e sem forma correcta, como se não houvesse leis, como se o Sol nos estivesse a cair em cima, sem apagfar nada, simplesmente escrever aresopiraer deijcontinuar a continar,,,

Pois bem, esta espécie de devaneio trouxe-me à cabeça, o que é "ser normal" afinal? Nunca soube, e não percebo muito bem com que direito pessoas dizem que outras não são normais. E como é que alguém pode internar uma pessoa sem o seu consentimento, num Hospital psiquiátrico, sem que esta tenha feito nada de mal para tal. Preocupa-me esta subjectividade de dados, e tenho medo, sinceramente, de também eu ser um louco, um pobre sem qualquer tipo de noção do que é real. Não sei se isto ainda é praticável, mas sei que já foi.

E "ser normal", o que é "ser normal" afinal? Eu quando digo "é pá aquele gajo não é normal" refiro-me quase sempre a alguém que foge à previsibilidade, à vulgaridade. Mas questiono-me, será que uma pessoa absolutamente vulgar, não é alguém que foge À vulgaridade. Por mais que pense e reflicta não posso deixar de dizer que a designação de "pessoa normal" é ridícula, mas possível: cada vez há mais pessoas que fazem aquilo que se quer que façam, eu diria que isso é uma pessoa normal.

eu até falava mais, e até parece que não ficou muito bem, mas também não interessa muito porque não estava a dizer nada de jeito. o que não é de forma nenhuma anormal.

domingo, 25 de outubro de 2009

"esquece o que eles dizem sobre um grande amor"

"tanta roupa e nada para vestir"

que drama!!!

Lágrimas de Deus


belíssima foto de luís diogo."Tree In the Rain". encontrei-a aqui.

Adoro chuva! Adoro... Ajuda-me a dormir, arrefece-me a temperatura corporal quando me cai em cima, acalma-me... Faz-me vir à memória episódios passados, futuros e presentes, põe-me em reflexão. Desconfio que a chuva tem uma substância qualquer desconhecida, com propriedades aditivas, que me faz entrar numa espécie de transe meditativo. É como se ela trouxesse do céu lágrimas de Deus, da Natureza.

Não sei em que Deus acredito... sei que não é o da Bíblia nem o do Corão, nem nenhum outro registado algures. Não acredito que seja possível existir um só Deus, ou um Deus que se comporte de forma igual para toda a gente. Acho que o Deus que existir, é para nós como nós somos para ele, e para os outros. Por isso não acredito num Deus rigoroso. O meu Deus permite que brinquemos com ele, que lhe mandemos umas bocas. O meu Deus não se importa que Saramago diga que ele não existe, desde que o não faça com maldade. O meu Deus não tem a mania da superioridade, exige respeito, não medo. Nada sei sobre o meu Deus, apenas que ele é muito parecido comigo. Também sei que está triste, com saudades, que também eu sinto.

Deus chora, chora como uma criança que deixa os pais no primeiro dia de aulas. chora quando vê a fome em África, e a falta de vergonha dos Ocidentais, grupo em que naturalmente me incluo. chora quando vê a falta de respeito entre homens, e a sociedade que fede a medo e pudor. O meu Deus sofre por eu não ser o que gostaria que eu fosse, tal como eu sofro. E por isso chora, para aliviar a dor, para ter algum prazer com esse sofrimento. E por isso eu choro. E por isso eu gosto da chuva, das lágrimas de Deus.

essa tua vulgaridade torna-te única!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

pássaro


Dat Small. mais aqui

quero fazer, pelo simples motivo de o fazer. quero sorrir só para exercitar a face. quero voar, só para ver a alma de cima. pena que tanta gente tenha guarda-chuvas, a proteger a sua alma de voar, porque com chuva vista iria ser tão bela...

faz-me falta um galho onde pousar. estou cansado. sem ninho, sem família, apenas um pedaço de céu que só a mim pertence, e que só em mim vive.

take just a miserable second #6

terça-feira, 20 de outubro de 2009

fala-me para a alma...

...que o corpo está muito cansado para ouvir

Saramago e os maus costumes


Desde as polémicas declarações de Saramago que por todo o lado se vêm opiniões diversas sobre o assunto. Só hoje me pus a par do que ele disse com CONTEXTO, e por isso, só hoje posso fazer o devido comentário.

Hoje de manhã deitei um olho ao JN de ontem. fiquei bastante surpreso, pois este tinha "a" entrevista de José Saramago. A mesma entrevista que foi criticada, e criticada, e criticada por muita gente. Desacredite-se aquele que pensa que também eu vou criticar esta entrevista. Mas também não vou elogiar.

Já não é a primeira vez que os media fazem uma tempestade dentro de um copo de água, e enaltecem as palavras polémicas de alguém. lembro-me por exemplo de John Lennon ter dito que não sabia o que duraria mais, se a Igreja Católica se os Beatles, ou seja, fez simplesmente a constatação de um facto. Escusado será dizer que foi brutalmente criticado. Aqui passou-se algo semelhante, apesar de o cariz do discurso de Saramago ser mais ofensivo.

Li algures, talvez num dos blogues que eu costumo seguir, não tenho a certeza de qual (podem procurar numa barra de links lateral) , que a Bíblia era só um livro, e que por isso o ataque de Saramago revelava alguma ignorância. Saramago sabe isso, e logo a abrir a entrevista diz que se "deve ter cuidado com uma leitura literal da Bíblia" e não com a Bíblia em si. É claro que a Bíblia é um livro, e é um livro lindíssimo. Saramago não põe em causa o livro, mas sim o Guia Espiritual ou a "verdade escrita". E eu concordo com isso.

Quanto ao "manual de maus costumes", já é um ponto de vista mais pessoal, e que eu consideraria um pouco arrogante, excessivo e desnecessário. Não acho que fosse um crime o que ele disse, mas acho que deveria ter eufemisado essa expressão, até porque é um escritor, um nobel, e deve saber em que circunstâncias deve ser suave ou duro. Mas ninguém pode pôr em causa a violência e a crueldade do livro. Saramago escolheu o episódio de Caim. Diz que este foi preterido em relação a Abel, referindo-se concretamente ao facto de Deus não ter aceitado o sacrifício de Caim, e por isso ter sido cruel. Sim, realmente pode ser um episódio a estudar, e que pode ser efectivamente um retrato da dureza. No entanto eu considero outro episódio muito mais monstruoso e cruel. Refiro-me ao episódio, em que Deus para libertar o seu povo mata todas as crianças egípcias. Ora, isto pode ser só um livro, mas acho que um livro que mostra um retrato de um Deus cruel, egoísta, que pelo seu povo mata inocentes, que nenhuma culpa têm dos erros dos pais. Por isso compreendo a expressão usada por Saramago.

Independentemente de Saramago ter sido arrongante e violento, não disse nenhuma mentira, nem creio que tenha ofendido ninguém. Também não me parece que queira ofender alguém. Este caso parece ter nascido para gastar folhas de jornais.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"minhas senhoras e meus senhores, vamos olhar para as unhas..."

sinceramente nunca me lembraria de dizer nada pior ò Bárbara... será que a SIC não se farta de lançar lixo para o caixote?

devo dizer que achei hilariante, estava à espera de tudo menos daquilo. mas que é ridículo que ninguém tenha dúvidas. mais porcaria na linha do TGV. a caixinha começa a encher...

o céu está tão perto

mas as pernas pesam-me tanto...

domingo, 18 de outubro de 2009

A impotância de bem falar a língua materna



Nós, na nossa vida diária, temos de comunicar e interagir com uma enorme quantidade de pessoas, pelos mais diversos motivos. Se nalgumas destas interacções não há grandes males se houver um mal-entendido, noutras a subtil falta de um acento pode fazer toda a diferença. Por isso é importante falar bem a língua materna: porque é nela que comunicamos mais frequentemente, e sobre as quais se debatem os mais diversos assuntos que têm uma enorme importância. O caso mais evidente será provavelmente os debates para eleições, onde há uma escolha a fazer, e onde, muitas vezes, há claros mal-entendidos. Os grandes políticos, aqueles que normalmente estão envolvidos em maior número de debates e com maior relevo, têm habitualmente uma grande formação e preparação linguística e grandes equipas por trás. Ambos os factos permitem a estes políticos manipularem aquilo que dizem e que os outros dizem, sem da forma mais benéfica para eles. Naturalmente, as pessoas que pior entendem e conhecem a língua mãe têm uma maior propensão para se deixarem enganar. Por isso é importante bem falar a língua materna.

Nem toda a gente faz a sua vida diária na sua língua materna. Por isso destaquei o caso das eleições: a única língua em que a informação chega é na língua desse país, a língua materna. Tomemos por exemplo os emigrantes: na sua vida prática não precisam da língua materna, apesar de o seu conhecimento ter sido importante para aprenderem mais facilmente a língua do país que habitam. Eles trabalham numa outra língua, fazem compras numa outra língua, eles comunicam numa outra língua. Para eles a língua materna não é tão necessária, mas será provavelmente mais importante. Não nos esqueçamos nunca que a língua materna é a língua que começamos por usar, ainda muito pequenos. Por isso, para além de, provavelmente, pensarmos nessa língua, porque foi aquela com que aprendemos a pensar de forma organizada, se formos emigrantes ainda vamos sentir saudades dela, e sentir a necessidade de recordarmos algo do nosso país.

Objectivamente falando, a língua materna, actualmente não é tão importante assim. A globalização fez com que nós tenhamos a liberdade, não de “escolher” a nossa língua materna, mas a de escolher a língua em que queremos viver. Isto objectivamente. Acredito que a língua materna é importante para nos conhecermos melhor, assim como aos nossos ascendentes. Permite-nos conhecer a cultura do povo que edificou o nosso ser, e a quem devemos imensas características da nossa personalidade. Por isso é importante falarmos bem, e bem conhecermos a língua materna: para nos conhecermos melhor e à nossa história, independentemente de vivermos no estrangeiro, ou de vivermos de uma outra língua.

um trabalho para português

três palmos de alma



sou gente desde que tenha três palmos de alma. não que a alma se meça a palmos, mas dá sempre jeito fazer alguma valorização. dizem que isso nos separa dos animais, a alma. sinceramente duvido, porque bichos são tão gente como nós, mesmo não o sendo. talvez tenham menos palmos de alma, dois e meio ou dois, mas alma devem ter. afinal de contas ficam tristes, ofendidos, alegres, sentidos. provavelmente é o instinto. não sei se será, creio que seja mesmo alma. ou é instinto, só pode ser instinto, eles sentem porque têm um mapa em si, o mapa genético, que dita a forma segundo a qual vão agir se lhes acontecer isto e aquilo: neles tudo é instinto, nada de impressionante poderá sair dali. não teremos também nós instinto? não, nós somos seres superiores a tudo e todos, somos donos da nossa própria alma, donos e senhores! podemos até ser muito previsíveis, e seguir até um certo padrão, mas preocupações dessas não são nossas, nós temos alma. não será a alma uma espécie de instinto?

sábado, 17 de outubro de 2009

(4) porque é que...

... o respeito entre pessoas só interessa para o desrespeitado?

ps:.note-se que o que interessa é lançar a pergunta no ar... não há respostas certas, nem erradas... todas têm igual valor...

o Peso da Escolha



Estamos em crise, e que crise. Pessoas compram o que está no top sem saberem se gostam ou não, são hipnotizadas para seguir certa filosofia de vida, muito fácil, segundo a qual a única decisão que tem de tomar é se querem comer arroz de pato, ou batatas e bacalhau. Realmente é mais fácil viver sempre em frente! Não é preciso virar, travar, trocar a mudança, abrandar... Nem sequer é preciso pensar... E pensar custa... Por isso existem hoje em dia milhares de meios de nos facilitar a vida: já só temos de carregar em botões!

As famosas sugestões: se você gosta disto, vai gostar disto... Muita boa gente com normais níveis de sanidade não liga a isso, ou pelo menos não as segue como religião... Mas há quem faça disso a sua legislação.

Eu gosto de escolher... Detesto ser obrigado a seguir estradas estreitas, se quero andar de comboio... A escolha é pesada, porque afinal de contas, esta é uma manifestação de liberdade, e a liberdade é pesada para caraças! Se escolhermos, quem erra somos nós... Se outro errar por nós, podemos sempre pedir satisfações...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

take just a miserable second #5

ridículo

compreendo que muita gente goste das músicas dele, que venda muito etc... mas não acham que num ano em que tudo o que fez foi morrer, não acham que nomear o Michael Jackson para artista do ano ultrapassa o razoável do ridículo? nem sei qual é a instituição, mas nem me interessa...

Como seria tudo mais fácil se não tivessemos sonhos!



Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
-depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles(Brasil)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Inspiração



Escrevo isto, numa fase de falta de inspiração, em que me vejo fechado entre paredes grossas, e em que não consigo escrever nada de novo, nem especial. É incrível como às vezes é tão difícil termos inspiração, e outras, de tanta termos, não conseguimos fazer nada de concreto, só deixar breves imagens no ar. Às vezes falta mesmo qualquer coisa, um pedaço de inspiração, para que cheguemos à criação.

E é tudo que tenho a dizer, visto a mente falhar-me e não ter inspiração para mais. Vou cavar à procura de alguma, ou inspirar algum ar. Se não conseguir mais nada, aproveito os buracos que cavei à procura de alma e deito-me lá dentro.

sábado, 10 de outubro de 2009

(3) porque é que...

...com tanto para dizer se perde tempo a falar sobre coisas inúteis?

Raios part'á liberdade




Eu gosto de liberdade. Sabe bem. Mas às vezes eu reparo que ela é uma coisa mesmo muito chata... Daquelas que chega mesmo a maçar, para além de chatear imenso... Parece que a liberdade é uma maçã que cai de uma árvore, directamente nas mãos... Não é... Está bem presa. Dificilmente cairá. Se a quisermos, teremos de subir ao topo dessa enorme árvore e arrancá-la com toda a nossa força. Podemos cair, podemos magoar-nos, podemos ficar lá presos... A liberdade é algo que exige esforço. A maçã também pode ter bicho, ou estar mesmo contaminada com insecticidas... E a culpa é toda nossa. A liberdade também exige responsabilidade. É que é mesmo uma coisa complicada!

***

Ontem joguei damas com um amigo meu, e também joguei por ele. Eu estava a seguir uma estratégia perfeitamente natural, até que certa altura ele contestou uma jogada minha, e decidiu jogar por si próprio: custou-lhe duas damas! Ser livre é isso mesmo: correr riscos, e levantar a mão a assumir a culpa.

***

A liberdade não é um direito. É algo a atingir, uma meta, um ponto. A liberdade exige trabalho. trabalho, esforço, dedicação, vontade, consciência, .... Não é pêra doce... quanto mais é maçã ácida, que devo dizer são muito boas, pelo menos as da minha avó! Mas eu cá gosto muito de subir essa enorme árvore, e dar uns saltinhos para ver se chego à mais alta das maçãs. Também podia virar a árvore ao contrário. Mas o método que escolho é indiferente. Sou livre de o escolher.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nova Música Portuguesa- Teia

Descobri-os nas notícias do lado do blogue. Eles iam tocar em Espanha. Fui ao site deles, bem giro por acaso, e ouvi algumas músicas deles. Lançaram uma EP em 2007, ou 2008. É qualquer coisa. São uma banda que eu rotularia como rock alternativo, ou punk rock. Creio sentir algumas influências nos Ornatos Violeta do primeiro disco.

Comecei por ouvir esta música, se a intro me pôs em dúvida, mal entra a voz fiquei surpreendido. Era sem dúvida qualquer coisa. Que me faça entender, não gosto só das letras, mas esta música "Sonho Selvas" tem um refrão e uma intro mais desagradáveis, pelo menos para mim, que a parte média, que para além de uma letra magnífica, tem um suporte espectacular.

"O Pilha das Coisas", não tendo versos como "Tenho um elefante no quarto/começo a ficar farto daquele leão no sofá", é mais equilibrada, com naturais variações de intensidade, mas não de qualidade, como eu creio existir no caso da primeira música. É também uma grande música.

"É tão belo o sorriso dos mentirosos sinceros." ouve-se algures em "Mentirosos do Bem", uma música que soa a início mais acústica, mais rústica, mais pobre (não num mau sentido, note-se), mas a meio começa a ganhar mais riqueza: guitarras, teclados... Também uma boa música.

Uma boa banda, pelo menos assim parece. Pelo menos é uma grande promessa!

Site da banda

Governo

Não, isto não é um post político.Num dos meus primeiros post escrevi sobre os Governo. Pois bem, a minha opinião mantém-se: parece ser uma boa banda, com a curiosa voz de VHM por cima, que apesar de estranha (porque o é), parece-me que funciona bem.

O que eu não sabia na altura era que uma das novas EP's do Optimus Discos seria deles!. Pois bem, parece-me ser uma óptima escolha, e desejo a maior sorte a esta banda, que pode vingar!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Projectos de Vida



Não grande fã de projectos. Acho que as coisas devem acontecer naturalmente, por força e vontade própria. Normalmente quando as pessoas tentam projectar demasiado, ficam presas a uma rota, que pode não ser a melhor, e a uma vida que pode não ser a que querem. Por isso sou contra projectos de vida... Posso projectar muita coisa, mas se ela não funcionar, não há grande mal... Imaginemos que a nossa vida não funciona... não é algo que se perde! somos nós! Por isso sou contra os projectos de vida, para além de os projectos normalmente serem atrasados... Já viram o quão grave seria atrasarmos a nossa vida...

Será com certeza importante projectar obras de vários estilos, desde de obras urbanas, a obras poéticas. Talvez, sim. Para obras mais coesas. Mas eu, que tenho medo de projectar demasiado a minha vida, tinha 1 projecto no início das férias, e agora tenho milhares... E duvido da materialização de qualquer um deles. Acho que os projectos são só uma desculpa subconsciente que arranjamos para desculparmos a nossa incapacidade de inovar, e de tomar a iniciativa... Pelo menos no meu caso, que é bem peculiarzinho...

Bem, vou projectar! :)
debate sobre viver na música na 2:. o tozé brito está lá... e o paulo furtado também... já agora, grande música esta!


domingo, 4 de outubro de 2009

O sentido da vida



Por mais que homens, mulheres, crianças, animais, helicópteros, pedras, etc... pensem e reflictam sobre o sentido da vida, ele não aparece. Aliás, parece que quanto mais procuramos o sentido da vida, mais longe ele parece estar. Como tal todo o texto que eu escrever sobre isto tem o mesmo valor que ter um abre-latas, quando queremos abrir uma garrafa.

Encontrar o sentido da vida é como encontrar uma agulha num palheiro, se ela não estiver lá. Sinceramente acho que o sentido da vida é algo que só se encontra se não se estiver à espera. Como aqueles discos da nossa vida, que começamos por ouvir na rádio, num dia em que só o ligamos, porque queríamos ouvir o trânsito. Acho que é possível encontrar um sentido de vida pessoal, sendo influenciado por vários parâmetros, mas o sentido da vida, universal a todos os humanos, esse, parece-me inatingível, pelo menos em vida.

Falo por isso no sentido da vida de cada um de nós. É algo pouco estável, uma flor no meio de uma tempestade, que pode a qualquer momento voar para muito longe. Pequenas mudanças na nossa vida, ou momentos de desespero podem mudar a forma como a vemos. Para mim este sentido busca-se caminhando. Deixando andar a vida, sem grandes planos. Fazer as nossas escolhas no momento certo. E andar. Andar. Andar. Ao que se vai andando o sentido vai aparecendo.

Seja como for, o que interessa é viver, sofrendo ou sorrindo, o que interessa é o oxigénio entrar em nós, mesmo que às vezes não pareça assim tão agradável. É andar até cansar.

sábado, 3 de outubro de 2009

as cordas mexem-se, provocando sons. de um lado graves longos, do outro agudos e curtos. o som enche a sala, a sala enche a mente, e a mente enche-nos a nós. e fica tudo cheio.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

take just a miserable second #3

«Nunca ouviram falar daquele homem que foi tentar apagar um incêndio com um balde de água, a quem perguntaram "Mas você acha que assim apaga o incêndio?". "Não, só estou a fazer a minha parte."» professora de pt.

100

e cheguei ao post numero 100 . não é que seja algo de louvar, porque tanto foi o lixo que escrevi, mas que naturalmente ocupa espaço.
pois bem, com estes 100 posts, e com muitos comentários por fora, é natural que tenha aprendido algo. 100 mais rodeios, comprometo-me a deixar de falar de politica, pelo menos aqui no blog... coisas pequenas alteram-me facilmente o temperamento, e porque posso encontrar pessoas com quem me identifique em certos pontos, mas eu sou um poço de opiniões diversas, que podem não se contradizer directamente, mas que pelo menos parecem contraditórios. nem tenho jeito,,, para além disso acho que não combina com o próprio blog... como tal, penso que vou deixar de falar de política, pelo menos directamente.... e é tudo

cumprimentos para todos