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terça-feira, 30 de junho de 2009

Preguiça - o pecado capital que ataca nas férias


Imagem da Wikipédia

(em primeiro lugar queria pedir desculpa por não identificar sempre a fonte das minhas imagens, mas realmente esqueci-me.)

Ainda há pouco tempo entrei de férias, mas já me começo a preocupar com um problema que espero que não seja uma constante nos próximos meses: a preguiça. Por mais que queira trabalhar o meu intelecto não o consigo fazer! Sinto, como aliás diz na Wikipédia, «uma aversão ao trabalho» muito forte. Tenho-me esforçado e já consegui, em pouco tempo, publicar vários post's aqui, num total de quatro, coisa que provavelmente nunca mais farei!

Este problema preocupa-me porque eu gosto de escrever, ler, etc. Mas no tempo de aulas não tenho tempo, no meio de trabalhos, apresentações e testes, de fazer muita coisa extra curricular. Nesta altura a vontade está lá, mas o tempo escasseia. Agora em Férias sucede o contrário: o tempo não falta, mas a vontade escasseia. E assim, não sei se alguma vez conseguirei fazer algo com algum valor.

Estou já a combater esse problema e lá vou conseguindo, mas é realmente difícil não ser preguiçoso!

PS:.Os meus agradecimentos ao meu primeiro seguidor e aos que demais virão! (isto se vier mais alguém claro está!!)
(já-me posso gabar de que pelo menos 1 seguidor tenho!)

Época dos Festivais

Está a chegar a época dos festivais, época muito esperada por muitos. Eu também estaria super excitado, se tivesse a independência necessária para ir a um. Talvez vá ver os Xutos a Ponte de Lima e vá a uma espécie de Festival que se vai realizar aqui, em Arcos de Valdevez.

Trata-se do Ínsua Summer Sessions e vai contar, ao que parece, com Fernando Alvim, Dealema, algumas bandas aqui da zona, das quais destaco os In Repair, e uma série de DJ's, que se não me engano têm alguma importância no panorama musical português. Penso que o cartaz ainda não está fechado, e visto este ano já terem cá passado, no Sons de Vez, os Deolinda, X-Wife, Rita Redshoes, Manel Cruz, Neruda, Andy Mckee, entre outros, é possível que ainda venha mais algum nome maior da música portuguesa. Pormenor super positivo neste evento: tem entrada gratuita, para além de se passar durante a semana das festas do concelho, numa das zonas mais belas da nossa vila.


Bom, vendo agora o panoramana nacional de Festivais, fico com alguma vontade de ir a Paredes de Coura, que até é aqui perto, mas infelizmente, será impossível lá ir. Este Festival, para além de ser aquele que conta com os melhores nomes (para mim claro está), é provavelmente aquele que melhor ambiente tem. Apesar de nunca ter ido, através dos relatos e diversas opiniões, penso que este é aquele que melhor ilustra o espírito que um festival deve ter. As imagens que vi de vários festivais em Paredes mostram isso mesmo: uma força enorme do público, e actuações magníficas dos artistas, num belo cenário.


Tenho pena de não poder ir! Mas paciência!

diálogo

não seria espectacular se todos os elementos da Natureza falassem? e se esse tecto que nos protege de chuvas exteriores falasse para nós? que nos diria?

provavelmente chamar-nos-ia nomes, insultos, substantivos, etc.
criticar-nos iam por sermos umas bestas destruidoras de vida, e umas outras tantas coisas, assim como nós insultamos essas doenças que por vezes nos atacam! se calhar considerar-nos-iam a sua doença!

talvez nos perguntassem porque somos tão cruéis para com ele, porque libertamos substâncias que o atacam, ou simplesmente, porque nos esquecemos que ele lá está, a nos cobrir a casa, a nos salvar de perigos cósmicos, superiores a qualquer doença!

creio que ele, esse magnífico tecto em tons de azul, se deixaria estar, nos diria olá e pediria para não fazermos muito barulho ou lixo, que nesse dia precisava de dormir bem.

e o que faríamos nós? ficaríamos loucos, O CÉU FALA, e atacá-lo-íamos, porque tudo que não conhecemos é incrivelmente assustador, ou simplesmente porque somos uma espécie superior detentora do direito de controlar tudo o resto. e com o nosso ataque ao vizinho simpático, a nossa sobrevivência acabaria.

(graças a Deus que somos a única espécie, ou elemento natural, capaz de desenvolver um diálogo, que nós consigamos entender)

-

quanto tempo será necessário para nos apercebermos do que não nos queremos aperceber?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sociedade Descartável


Pelo que pude conferir há momentos, a Bic está a desenvolver um telemóvel descartável. Como se já não bastassem as canetas e demais pequenos objectos descartáveis, e os milhares de milhões de telemóveis que há por todo o mundo, a Bic decidiu aumentar os lucros, e o lixo. Notícias como esta já não espantam, hoje em dia tudo dura um segundo. Qualquer dia precisamos é de um planeta descartável, porque este, não terá muito proveito para nós no futuro!

Aproveito para fazer uma homenagem aos Taxi, que já em 1981 viram essa "sociedade de consumo imediato". Não sei se o seu regresso foi uma boa ideia, mas sei que são uma grande banda. Nunca esta "Chiclete" retratou tão bem a sociedade.


vivemos numa sociedade do descartável.
para mim ela deveria ser
descartável

Bruges

Anteontem, influenciado por pensamentos naturalistas que me invadem com enorme frequência, e desta vez reforçados pelo visionamento recente do filme Into the Wild( sobre o qual, quando tiver a concentração necessária, farei um post a si dedicado), critiquei a sociedade tal e qual como está concebida. Referi, na minha crítica, a existência de cidades com uma harmonia perfeita entre Natureza e Civilização. Bruges é um destes casos.




Em Bruges, filme que conta com Colin Farrel e Ralph Fiennes no elenco, é uma comédia dramática, que mais do que contar a história de dois assassinos que esperam em Bruges ordens do seu superior depois de um trabalho que correu mal, é marcante pela forma impressionante como capta a luz e o brilho de Bruges. Devo dizer que achei Bruges particularmente bonita de noite.




Bruges é uma cidade em que o elemento água, por força dos seus canais, tem muita relevância. Uma típica cidade medieval do norte de Europa, é no filme descrito, e com razão, como «cenário de conto de fadas».



Bruges é uma cidade de uma beleza imensa, com muita água e muitas árvores. É uma cidade que foi muito bem retratada no filme e que, pelo menos na tela, parece um local mágico, belo, que se deve visitar pelo menos uma vez na vida. E a câmara conseguiu captar toda essa essência.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Divórcio do Homem



Pergunto-me quem terá sido o responsável pelo divórcio do Homem com a Natureza? Quem terá sido esse homem, instituição ou conjunto de homens, que separou o Homem da Natureza, e da sua beleza? Refiro-me ao homem ou homens, responsáveis pela criação das cidades tal como estão concebidas. Não me refiro a todas, porque há certamente aquelas em que a civilização e a restante vida permanecem de mãos dadas. Refiro-me em especial a essas grandes cidades dos arranha-céus que mancham a vista.
Tenho medo que todas essas vilas, como é a minha, ou mesmo cidades em que se pode viver em harmonia com a Natureza e com os benefícios da civilização desapareçam com o passar dos anos. Tenho medo que esses espaços totalmente desprovidos do Homem desapareçam, e que o ser humano domine e maltrate de uma forma ainda mais não natural todo o planeta. Tenho medo que o mundo se perca, assim como os seus refúgios.



Por vezes penso que o ser humano está em guerra com o próprio planeta, e que se quer afirmar superior à própria vida. Que é um ser invejoso, bem sei, mas por vezes parece-me que não é só isso! O ser humano acha-se superior a qualquer outra forma de vida. Acha-se mais importante e no direito de fazer as escolhas que muito bem entender sobre os restantes animais. A política de escravização de animais que existe é horrível! Não que eu seja contra as pessoas terem animais de estimação, mas simplesmente acho que estes não podem ser comprados, como se fossem um qualquer bicho desprovido de alma, numa montra.
A minha avó tem uma gata (mais três gatinhos) e um cão, isto fora os animais destinados à alimentação. Confesso que o cão está acorrentado, e que foi comprado, e que muito provavelmente se o soltassem ele fugiria, mas a gata está lá por vontade própria. Apareceu por lá uma vez e deixou-se ficar. Custa-me também um pouco que tratemos os animais para alimentação tal como os tratamos, mas aí já se trata de uma outra questão, uma questão de sobrevivência, e não de comodidade.


Não tenciono com isto que abandonemos os nossos cães. Gostava apenas que as nossas mentalidades mudassem um pouco. Os cães não sobreviveriam sem o ser humano, mas não é por isso que nos devemos achar seus donos.

Comecei por dizer que o ser humano é um ser egoísta, egocêntrico e vaidoso, e penso que, com este exemplo consegui prová-lo. Não tem a ver com o que o ser humano faz (neste caso) mas sim, da forma como o faz. Vender um animal como se fosse um brinquedo ou um objecto, expositando-o numa montra, é algo que a mim me faz imensa confusão.

(pequeno desabafo)

Já aconteceu certamente a muita gente ter-se cruzado com alguém e, por simpatia, tentar-se desviar, comportando-se a outra pessoa da mesma forma. Isto é muito estranho, e naqueles momentos em que as duas pessoas tomam a iniciativa de se desviarem outra vez, a coisa torna-se ainda mais bizarra.

pois bem, comigo acontece com uma enorme frequência, e pior, com enorme repetição de vezes!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Crónica dos trabalhos de um ano lectivo


Nos últimos tempos tenho andado carregado de trabalhos para a escola! Acabei hoje os últimos três, e amanhã, bem-dito seja, é o início de umas férias bem merecidas, que este ano foi longo, e repleto de trabalho que, até agora, não sabia o que era.

Pois bem, os professores têm a mania dos trabalhos e nos últimos tempos tive trabalhos sobre quase tudo! Desde estatística, a análise de poemas, passando pela tecnologia, liberdade e arte, etc. É nalguns destes trabalhos que se fazem grandes reflexões, e pelo menos eu, descartando o tempo que se despende e, acima de tudo, a pressão das datas, gosto de os fazer! Por vezes é possível colocar algo nosso e alguma criatividade num destes trabalhos e, assim, retirar-lhe o devido gozo! Sim, porque uma coisa é fazer uma aborrecido sobre qualquer coisa de que não gostamos, outra é aproveitar um trabalho para treinar a nossa criatividade e desenvolver algo nosso! Eu gosto particularmente de pensar e de criar e, como tal, deu-me imenso prazer fazer alguns destes trabalhos!

Pronto, tudo isto para dizer que cheguei a algumas conclusões e reflexões, e adquiri vários conhecimentos muito úteis e agradáveis, e que sou capaz de partilhar aqui alguns deles!

Volkswagen - O «não» à administração


Ao que parece, hoje, os trabalhadores da Volkswagen rejeitaram a proposta feita pela Administração. Muitas pessoas já surgiram criticando esta atitude porque, segundo eles, para além de se arriscarem a perder os postos de trabalho, arriscam Portugal a perder uma fonte de riqueza.

Eu seria incapaz de defender uma posição destas, pois acho, que apesar de deverem ser cuidadosas com a sua vida, as pessoas têm o direito de levar a vida que quiserem e de tomarem as decisões que quiserem.

Saúdo este acto corajoso, de cidadãos que não pretendem deixar escorregar pela sanita abaixo os seus direitos! Só acho que devem depois, quando e se a situação apertar, assumam as suas responsabilidades no processo. É óbvio que se calhar as maiores responsabilidades podem não ser deles, mas não importa quem tem as maiores culpas no cartório, mas sim, quem tem culpas superiores à sua influência. E eles não têm essa influencia, pelo menos para já.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Governo tem primeiro vídeo


Governo, a banda do escritor Valter Hugo Mãe, de António Rafael e Miguel Pedro, dos Mão Morta, e Henrique Fernandes, dos Mecanosphere, estreou o primeiro vídeo, abaixo mostrado.

GOVERNO - Meio Bicho e Fogo from 8 e Meio on Vimeo.


O grande destaque da banda é Valter Hugo Mãe que se estreia assim como vocalista, apesar de já ter escrito algumas letras para o último trabalho dos Mundo Cão, a "Geração da Matilha".

Tenho um livro dele "O Remorso de Baltazar Serapião" e já ouvi a "Ordena que te ame", da qual escreveu a letra, e ambos tinham uma escrita impressionante particularmente dura, por vezes algo suja, ou algo mais negra, mas completamente impressionante.

Também já ouvi esta música, mas muito ao de leve. Devo dizer que fiquei impressionado logo à partida com duas coisas: a voz do VHM e a leveza da música, pelo menos na parte instrumental.

O VHM tem uma voz poderosa, da qual não estava à espera, e da qual, ao primeiro contacto, não gostei muito. No final da música já estava habituado à voz, o que me levou a ter uma opinião mais positiva em relação a si.

A banda, ao contrário do que era de esperar, pelas experiências musicais dos membros, e mesmo pela escrita do VHM, toca uma música muito leve. Devo dizer que antes de ouvir a música esperava algo na linha de Mundo Cão!

Ainda não tive atenção à letra, e não posso, por isso, comentá-la, mas deve, com certeza, ser uma obra notável, tal como os outros trabalhos do VHM.

De qualquer das formas esta música deu-me óptimas impressões em relação a este projecto, e penso que tem argumentos para vingar no panorama musical português.

Casa de Osso - Blog de VHM

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Foge Boyle Foge!


Susan Boyle, a talentosa cantora que se destacou no Britains Got Talent, está a fugir a sete pés da sua vida modesta: para além de já ter mudado para um apartamento bem mais caro que a sua antiga casa, parece que anda a cobrar 120 mil euros por 12 minutos de actuaçao, segundo noticia a Blitz.

A sua vida virou por completo é certo, mas esta senhora está a perder muito do interesse que em mim despertou numa primeira instância:

-está a fugir da vida simples que levava, que contrastava com a sua potente voz

-está constantemente a ter problemas de exaustão, o que é, muito provavelmente, sinónimo da diminuição do sentido de humor dessa senhora.

Bem, há uma coisa que Susan mantém : o seu carinho por Pebbles.

Bloco vs Durão

Segundo noticia o Sol, o Bloco de Esquerda vai votar contra a reeleição do actual Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Longe de ser notícia, isto não só era previsível, como estava perfeitamente expresso nos cartazes que circulavam por aí. É perfeitamente normal que o Bloco de Esquerda não esteja de acordo com as medidas tomadas por um político na linha do Barroso.



Não postei aqui isto pela notícia em si, porque não tendo conhecimento da maior parte da acção de Durão Barroso (se esta existiu) não posso concordar ou discordar do Bloco.Vou comentar sim grande quantidade, e variedade, de comentários estúpidos com que me deparei.

De uma forma geral, a grande discordância das pessoas em relação ao Bloco deve-se aos seguintes factos:


-os seus militantes serem uns palhaços da extrema esquerda que comem kaviar e bebem vodka, apoiantes do Guevara e anti-democráticos;

-o Durão é português e o que se quer é ouvir o hino tocar quando o presidente entra, e estão a deixar mal quem votou neles por não votarem no Durão;

-são uns drogaditos betinhos ricos que se importam com o povo, mas como não sofrem o que o povo sofre não prestam.

Não terá sido esta a forma exacta como os comentadores de casa-de-banho se expressaram em relação a isto, mas foi semelhante.

Agora a minha resposta a tais comentários:

- em relação ao primeiro tipo de comentários, coloco uma questão: como é possível alguém que não respeita diferentes conceitos políticos, nem sequer distingue esquerda, de Comunismo, nem Comunismo de Marxismo, é capaz de chamar anti-democrático a alguém?

-segundo, a União Europeia não é um concurso de popularidade. O Bloco não está no Parlamento para ver o Presidente da Comissão e para lhe bater palmas. Estão lá para votar e interferir no PE segundo as suas convicções do que será melhor para o país.

-terceiro, os Bloquistas por serem riquinhos são descredibilizados, já os restantes políticos, os ricalhaços, que se estão muito bem marimbando para os pobres, esses sim, têm validade.



Como devem ter reparado sou algo simpatizante do Bloco, mas, acima de tudo, acho que todas as forças políticas se devem respeitar mutuamente. E acho que as pessoas se devem importar com o que realmente é importante, e não com pormenores.

domingo, 14 de junho de 2009

António Variações


Pequena homenagem ao cabeleireiro e cantor que morreu há 25 anos.


Não gostando muito da sua música reconheço a sua originalidade e o seu génio. Como tal ponho aqui esta música de qual gosto particularmente.




sábado, 13 de junho de 2009

Slumdog Millionaire vs Curious Case of Benjamin Button vs Gran Torino

Ultimamente tenho andado com alguma cinemania, o que justifica o facto de nas últimas duas ou três semanas ter visto 2 filmes no cinema, o que é raríssimo em mim, visto só gostar de filmes marcantes, e eu viver numa vila com apenas um auditório improvisado de sala de cinema, na qual passa um filme por semana, excepto raras situações. Esses filmes foram o Slumdog Millionaire e o Gran Torino.
Se o primeiro me impressionou pela excelente realização o segundo impressionou-me pela forma grandiosa como nos toca e pelo grande sentido de humor que um filme tão melancólico como este normalmente não apresenta.

Estes dois filmes fizeram-me lembrar a disputa, nos Óscares deste ano. Se o Slumdog Millionaire se destaca pela realização e por alguns momentos chave, o Curious Case of Benjamin Button destaca-se pela sua beleza, sendo um exemplo perfeito de poesia cinematográfica e de narração. Estou, por isso, de certa forma, a declarar que achei a entrega dos galardões algo injusta: o Curious Case of Benjamin Button merecia o Melhor Filme, e o Slumdog Millionaire o de Melhor Realização (penso que o ganhou!).

Onde entra então o Gran Torino? O Gran Torino, apesar de achar que não é suficientemente forte para bater o Estranho Caso, merecia a nomeação, e , apesar de não ter visto o Milk, penso que merecia o Melhor Actor Principal para Clint Eastwood, que tem uma interpretação avassaladora.

Aqui fica a minha nota sobre os Óscares deste ano, apesar de atrasada, com especial destaque do esquecimento da Academia de um dos melhores actores de sempre (Clint), e de um dos melhores filmes do ano(GT), e a relativa desvalorização de um dos melhores filmes de sempre(CCoBB), sem por isso considerar o SM menos bom.

Dans une autre vie miserable - letra

Seria indecente da minha parte criar um blog com o nome de uma música, sem sequer a promover. Assim, publicando aqui a sua letra, espero considerar-me menos indecente um pouco.

Fechado para obras/Dans une autre vie miserable -» Manel Cruz

ando vazio de amor
sou terra seca e muitas miragens

esta merda é gozar com um gajo
começou de uma maneira muito engraçada
estava eu

ando fechado
para obras

dans cette nuit lunaire
certains peuvent manquer d'air
mais seuls les gens valables
que jamais je n'accable
aurout le droit et peuvent en êtrefiers
de dormir sur ce sable...

(nesta noite lunar
alguns podiam ter falta de ar
mas só as pessoas de valor
de quem nunca direi mal
terão o direito e podem estar orgulhosas
de dormir nesta areia)

dans cette vie je préfére
ne pas manquer d'air
etre à la fois capable
de paraitre impeccable
et avec mon air à deux airs
m'endormir sur une bonne table

(nesta vida prefiro
não ter vergonha
conseguir ser capaz
de parecer impecável
e com o meu ar de dois ares
adormecer sobre uma boa mesa)

sou terra sêca e muitas miragens

mais pour ce dernier verre
même s'il n'est pas vraiment indispensable
jamais ne serai amer
sans avoir dissocié l'indissociable
c'est un pari que j'ai du faire
dans une autre vie miserable

(mas por este último copo
mesmo se ele não é verdadeiramente indispensável
nunca serei amargo
ser ter separado o inseparável
é uma aposta que eu tive de fazer
numa outra vida miserável)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dans une Autre Vie Miserable


Criei este blog porque me apeteceu! Esta é, talvez, a única justificação para isso.
Estava eu no café, a ver algumas páginas online, quando me deparei a escolher o nome do blog. Aí fiquei algo confuso. O que faço eu aqui?? Questionei-me. Estive quase para voltar atrás quando disse "Não". "Vou criar este blog e vou escrever aqui com alguma frequência". Porquê? Porque não há nenhum motivo lógico para isso... O que me agrada.
A fase mais complicada para mim foi, sem dúvida, a escolha do nome. Surgiu-me "Nothingman" em honra dos Pearl Jam. Já existia. "Pig"man em honra dos Pink Floyd. Já Existia. "Road Trippin'" em honra dos RHCP. Já existia. Lembrei-me então de um mundo musical tão rico como este em que navegava: a música portuguesa. Dirigi-me naturalmente em direcção ao "Foge foge Bandido" e assim escolhi o título deste blog.
Fiz uma pequena alteração de "Dans une autre vie miserable" (numa outra vida miserável) para "Uma outra vida miserável". Isto porque toda a gente leva uma vida miserável à sua própria, e a minha, sendo aquela que melhor conheço é, naturalmente, a mais miserável de todas.
Convido-vos por isso a visitar esta outra vida miserável!