Gosto especialmente daquela chuva que bate na areia quente, e daquele cheirinho. Aí sinto todos os momentos da minha existência voltarem a mim, enfiando-se pelo meu nariz a dentro. E apanhar com a chuva para ficarmos mais pesados, mais presos à vida? Vem sempre uma lágrima ao olho... Sentimos o nosso passado sem pensarmos nele, o que é belíssimo... Não é um momento feliz, não é um momento triste, é um momento especial, importante, diferente. É um momento em que me assumo tal como sou, deixo de ficar satisfeito ou insatisfeito com a vida, com a vida. A tristeza vai, a alegria vai. Só ficamos nós, o nosso passado, a chuva que cai sobre nós e a chuva que de nós cai. Somos. Nada.
"that conduct our minds to paradise"
2 comentários:
Prémio «Conversas» para "Uma outra vida miserável"!
demora tanto para descobrir esse fato trste e libertador:
"Somos. Nada."
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