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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sacríficios - Felicidade



Penso que já aqui disse que acredito que para alguém conseguir algo precisa de fazer um sacrifício. Se não o havia dito ainda, agora já disse! Penso isso, penso e acredito. Vou dar alguns exemplos, se alguém quer estar bem fisicamente, tem de fazer exercício e fazer esforço; se alguém quer ser inteligente tem de trabalhar muito à procura de estratégias de raciocínio; se alguém quer triunfar na carreira, por vezes tem de deixar para trás a família, etc, etc, etc.

Pois bem, acredito por isso que tudo é possível com sacrifícios, lógicos obviamente. Quando me questiono "E então o amor?" fico em dúvida. O amor é algo que depende de duas pessoas, não depende de apenas uma, é algo transcendente, muito mais difícil de lidar. Mas o facto é que muitas vezes, até isso é uma questão de vontade e preserverança de uma das partes. Muitas vezes só é necessário combater aquela grande barreira que é o medo.

Eu acredito numa política de superação, segundo a qual, tudo é possível desde que nos superemos, e sacrifiquemos algo, mais ou menos valioso. Eu já escrevi aqui que o saber era inimigo da felicidade, vários homens o escreveram, e creio até que já há estudos que o comprovam. Como tal, é natural pensar-se "O preço da sabedoria, para além de horas de vida, é a felicidade.". Não acredito que seja assim tão linear, mas sim, creio que em traços gerais as coisas são assim. Também me questiono "Então uma pessoa sábia não pode ser feliz?". Claro que pode. É muito mais fácil ser-se feliz, sendo-se ignorante, sem dúvida, mas pode-se ser sábio e feliz. Até porque uma pessoa sábia pode a qualquer altura usar a sua sabedoria em prol da felicidade, pensando em como se ser feliz, para além de poder, a qualquer altura, fingir ser ignorante para si próprio, sem deixar de ser sábio, para ser feliz. Não sei porquê, mas por vezes Einstein parece mesmo ser um desses casos.

Note-se que tudo isto é uma reflexão, que tem tanto de verdadeiro como qualquer outra das minhas reflexões: são criações de mim próprio, verdadeiras na sua própria dimensão, podendo ser ou não aplicáveis à realidade. Como tal vou continuar dizendo aquele que para mim é o preço da felicidade: lutar contra o medo, o conformismo, a segurança, as rotinas, etc. Penso que a partir do momento em que as pessoas têm medo de mudar ficam presas na sua própria concha, sem poderem sair. Dependentes de uma falsa vida sem felicidade. Acredito nisto. Mas de uma coisa tenho a certeza: toda a gente pode ser feliz, porque toda a gente tem vários caminhos para a felicidade, só tem de descobrir e escolher o que lhe é mais conveniente. Nem que para isso se tenha de correr debaixo de chuva, arriscando-se a apanhar uma constipação.

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