Essa inacção que te prende irrita-me.
Cheira-me a opressão disfarçada, ironia, palhaçada.
Aposto que não chegas lá, nem tentas. Tão fácil, tão perto, e no entanto, ignoras a distância, fechas os olhos e lá longe não chegas.
Irritas-me! Tu e essa tua estupidez enchem-me de horror, nojo e estupefacção. Como é possível essa tua inacção?
Essa vontade de fazer, de mudar e, no entanto, paras, estagnas, faleces como tudo o que não mexe.
Irritas-me tu... Irritas-me profundamente, sentado nesse sofá cor-de-pouca-acção, onde tudo parece igual.
Tudo é igual, e onde estás tu para fazeres as coisas diferentes?
Irritas-me tu... E eu irrito-te a ti...
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