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sábado, 10 de outubro de 2009

Raios part'á liberdade




Eu gosto de liberdade. Sabe bem. Mas às vezes eu reparo que ela é uma coisa mesmo muito chata... Daquelas que chega mesmo a maçar, para além de chatear imenso... Parece que a liberdade é uma maçã que cai de uma árvore, directamente nas mãos... Não é... Está bem presa. Dificilmente cairá. Se a quisermos, teremos de subir ao topo dessa enorme árvore e arrancá-la com toda a nossa força. Podemos cair, podemos magoar-nos, podemos ficar lá presos... A liberdade é algo que exige esforço. A maçã também pode ter bicho, ou estar mesmo contaminada com insecticidas... E a culpa é toda nossa. A liberdade também exige responsabilidade. É que é mesmo uma coisa complicada!

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Ontem joguei damas com um amigo meu, e também joguei por ele. Eu estava a seguir uma estratégia perfeitamente natural, até que certa altura ele contestou uma jogada minha, e decidiu jogar por si próprio: custou-lhe duas damas! Ser livre é isso mesmo: correr riscos, e levantar a mão a assumir a culpa.

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A liberdade não é um direito. É algo a atingir, uma meta, um ponto. A liberdade exige trabalho. trabalho, esforço, dedicação, vontade, consciência, .... Não é pêra doce... quanto mais é maçã ácida, que devo dizer são muito boas, pelo menos as da minha avó! Mas eu cá gosto muito de subir essa enorme árvore, e dar uns saltinhos para ver se chego à mais alta das maçãs. Também podia virar a árvore ao contrário. Mas o método que escolho é indiferente. Sou livre de o escolher.

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