Páginas

Mostrar mensagens com a etiqueta mudança. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mudança. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Mudança #2, o Regresso ao Passado



Como devem ter reparado tenho estado a modificar o blog. Inserir-lhe novos pormenores na barrinha lateral. Nada de especial, só umas imagens, estou a considerar colocar música, sem auto-play, ou vídeos, mas isso requer melhor formação da minha parte... O blog está a mudar. Porque eu quero! Eu gosto de mudanças... adoro mudanças... gosto do cheiro a novo tanto como do cheiro a velho... o que interessa é que seja novidade! Sou um homem, um pequeno homem, que adora mudar, adora viver ao máximo o ilimitado número de seres que dentro de mim existem!

Mudar é sempre bom, é sempre fresco, é sempre novo... O problema é que nós não somos um livro que se apaga e se começa a escrever de novo, eu pelo menos não sou... E por onde quer que passeie, cruzo-me com o passado. Olha eu de cabelo rapado! Olha eu com cinco anos! Olha eu a jogar basket! Muitas vezes até passados próximos, ontens ou anteontens, mas que pesam e cheiram a antiguidade... Parece que foram livros que se fecharam onde dificilmente voltamos a entrar: se mudámos por algum motivo foi! E eu vejo assim os momentos da vida: como capítulos separados que valem por si... Por isso é tão difícil mudar! Porque o passado não se apaga, e temos de viver com ele...

**

Estou a ler Jesusalém, de Mia Couto. Está dividido em 3 partes, eu já li duas. No blog ...viajar pela leitura... há uma avaliação feita ao livro, no qual recebeu 4 em 6 possíveis. Respeito essa avaliação, mas eu dar-lhe-ia uma classificação mais positiva... É um história belíssima, decorada pela poesia de Mia Couto, que se debruça sobre o Esquecer... Sobre o começar uma nova vida, completamente...Sobre a impossibilidade de fugir ao passado. É um livro belíssimo, que abre logo com um texto de Hermann Hesse, de Viagem pelo Oriente:

Toda a história do mundo não é mais
que um livro de imagens reflectindo
o mais violento e mais cego
dos desejos humanos: o desejo de esquecer.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mudança, doce mudança



Como já devem ter reparado em diversos textos meus, sou um adorador da mudança. Acho que ela é importante para nos mantermos sanos. Está provado cientificamente que se quando vamos a algum lado, optarmos por um itinerário diferente, estamos a desenvolver o cérebro. Porque se fizermos sempre o mesmo, estamos a programar-nos como robôs... Supunhamos que eu comia todos os dias sopa de espinafre, massa com pito cozido e uma docinha mousse de chocolate. Passado algum tempo, toda esta comida que outrora era tão boazinha, ficava sem sabor... Um prato medíocrezinho...

É nestas alturas que a mudança é mais importante. Imaginemos que comíamos um cozido à portuguesa, um arroz de marisco e uma salada de fruta... Seria um manjar de deuses! Porque quanto mais radical a mudança mais doce ela é. Se acham que isto é baseado apenas em suposições, garanto-vos que tive experiências várias que mo comprovaram. Por exemplo, sempre que jantava fora, que não era muitas vezes, bebia qualquer coisa. Normalmente bebia Cola, mas porque não sabia se era fabricada em Portugal decidi experimentar outra, a 7Up, que existe em formato MiP e formato MiEstrangeiro. Que explosão de sabor, que delícia com toques de limão! Comecei a beber 7Up, decidi trocar. Experimentei Ice Tea Pêssego: que delícia! Continuei a optar por este, e também começou a perder a graça. Aqui há tempos pedi uma Cola: ui! que fantástico sabor... (e já comprovei o mesmo com cereais de pequeno almoço).

Se na alimentação isto é tão linear, na vida já o não é tanto. Mas gosto de mudar, criar rotinas, para depois as substituir por outras. Ontem olhei para a minha vida por alto (e por baixo também): que miseravelzinha que a minha vida está... Sempre a mesma previsibilidade, sempre a mesma sensação de seco na garganta! Decidi renová-la completamente, coisas que há muito que quero fazer, mas que por algum motivo ou por outro, não fiz. Acredito que se levarmos uma vida sempre igual, acabamos por nos ver num beco sem saída, em que todas as decisões estão tomadas, onde só nos resta assistir ao que decidimos no passado.