Vale a pena ler a entrevista de Miguel Sousa Tavares ao DN Artes. Entre outras coisas diz:
"Odeio o Facebook, odeio o Twitter. A única coisa que faço na Internet é, para além dos mails, para além de instrumentos de trabalho, wikipedias, etc., uso o Skype em telefonemas para o estrangeiro, mais nada. Não faço mais nada. Ah, jogo bridge. Agora, a ideia de rede social, e de blogues, tudo em comunicação, a falar… acho insuportável. Os blogues são uma série de gente que se acha importantíssima, que tem uma espécie de capelinhas, quase religiões, com os seus fiéis atrás."
Acho particularmente coerente a seguinte pergunta do jornalista:
"Mas isso não é o que também faz quan-do vai à TVI, por exemplo, falar sobre tudo"
Ao que ele responde:
"Não, é totalmente diferente. O Facebook é uma coisa elitista. Os blogues também. Aquilo é a beautiful people. Eu falo para 12% de audiência. Desde o vendedor de jornais da esquina, analfabeto ao professor universitário. E sei que falo, porque as pessoas abordam-me na rua e perceberam, e concordaram ou discordaram, mas perceberam. Estou a falar para elas, estou a fazer um serviço. Eu pagava um milhão para ninguém saber quem eu era, para poder fazer os meus comentários como o homem invisível. Agora, eu não vivo a ter opiniões instantâneas todos os dias, como se vive nos blogues, como se vive nas redes sociais. Em relação ao Facebook, eu vejo-o como a maior ameaça próxima para a história da humanidade."
O único comentário que vou fazer a esta entrevista é que tendo alguma razão nalguns pontos ou não (concordo ligeiramente com o ponto da ameaça do Facebook, se bem que ele parece paranóico), denota-se, a meu ver, uma grande arrogância no seu discurso. A mesma que ele parece insinuar que os autores de blogs têm.
Pode ler o resto da entrevista aqui.
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