Páginas

Mostrar mensagens com a etiqueta caderno verde. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta caderno verde. Mostrar todas as mensagens

sábado, 5 de dezembro de 2009

mentira


Agora que cantei meio mundo
Não tenho voz para ouvir.
Sem alma, sem mente
Vazio de ser, finjo mentir.

Ser que acorda sem ver,
Que dorme sem perceber
Que aí vem, o que se não quer,
Enquanto não puder.

Por mais que seja
Não me canso de ver,
De sentir sem ser.

Mentira a minha
Que surge
Quando parece que
A dor urge.

Sou um mentiroso:
minto que espero por ti
que espero por respirar
que sinto o que digo
que a vida é bela:

minto que sou

in caderno verde
um dos melhores que escrevi talvez.
finjo mesmo ser.
mais aqui ou aqui.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

caderno verde



Imaginem que expressavam os vossos sentimentos, pensamentos sob a forma de poemas num caderno verde. Foi o que eu fiz. Daí o nome. Limitei-me a quase copiar e colar o que lá escrevi, por isso talvez não seja uma obra propriamente dita, muito menos perfeita. Podia ter limado arestas aqui, mas o que eu quis foi conservar o que tinha escrito neste último ano, em que muita coisa aconteceu. Pode ter muitos defeitos, mas também eu tenho. Este livro não é mais que eu no último ano, em determinados momentos. Daí a tamanha repetição de poemas na primeira pessoa.

Não tenho objectivos comerciais ou de outra ordem com esta edição, mas de qualquer forma quem quiser pode fazer download gratuito, ou mesmo comprar.

A quem for ler, se por acaso alguém o quiser fazer, aconselho que comecem pelo fim, porque apesar de a ordem não respeitar sempre uma linha temporal, a parte final está consideravelmente mais forte, mais poética diria até.

Cumprimentos.

sábado, 28 de novembro de 2009

15/07/2008 - 22/11/2009



foto aqui


Em menos de uma semana arrumei um ano de escritos. Demasiado eu. É o eu que lá está escrito, demasiado talvez até. É o eu, a busca da minha liberdade, e da minha identidade. Continuo à procura, mas estou já mais perto, talvez mais longe, de cada vez que procuro. Por respeito a quem tenho vindo a ser, evitei apagar o que quer que fosse, claro que houve algumas mudanças inevitáveis, é o tempo que passa. Apenas três poemas saíram, porque não se justificavam. Terá muitos maus momentos, momentos em que me envergonho lendo-os, mas sei que fui assim, e não posso mandar essa parte de mim embora. Ainda por cima não é para ser um êxito, é para eu o ler e poder voltar a casa, ao passado a que já pertenci, porque já lá voltei quando o li só para montar, corrigir, melhorar... E é a minha alma que está lá, reconheci-a! Por vezes banal, sempre insaciável, com olhos apenas para si própria, sou eu, ou pelo menos, alguns eus que já fui e vou sendo.

Por agora vou-me ficar mais um pouco pelo Passado. É que está-se mesmo bem por aqui.