segunda-feira, 8 de março de 2010
Um pedaço de passado
Por vezes amamos alguma coisa. Uma pessoa, uma música, um filme, um álbum. Por vezes, quando o amor é longo, e surgem novos elementos pelo caminho, ficamos em dúvida. Será que afinal aquilo é amor? Talvez não fosse, foi um desejo de novidade... Talvez fosse, talvez seja, mas pode não ser.
Tinha vindo a questionar-me: será que gosto mesmo do álbum do Manel Cruz? Tinha uma dúvida paralela, com outro elemento, mas por motivos pessoais prefiro enunciar a dúvida relativa ao álbum do Manel. Como sabem, talvez não, foi uma música dele que deu nome ao blog, ouvi durante muito tempo esse álbum repetidamente. Também no outro caso sucedeu o mesmo. De um momento para o outro deixei de o ouvir: tinha de ouvir outras coisas...
Hoje questionei-me: será que não estou preso ao passado? Algo que foi importante e já não o é? Tanto são falsas, inúteis e mesquinhas as minhas dúvidas, que bastou um olhar, meio, para ter a certeza de tudo. Tudo é verdadeiro. Tudo sempre foi. Tanto não é que neste momento estou a ouvir Manel Cruz.
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